domingo, 13 de março de 2011

- o meu futuro, ...

Não é uma simples vida, é a maior vida. Poder sair de casa e sentir aquela adrenalina, correr-me pelas veias, sentir aquele cheiro ao podre, os bichos a caminharem sobre os meus pés, sentir aqueles sentimentos de odeio e de vingança, aquele ar matador e profundo, andar e sentir que estou bem assente na terra, sentir cada barulho de cada casca partir, de cada porta a ranger, ouvir os gritos no fundo do túnel, e apenas cagar, andar e passar por aqueles amigos que são aquela base, falar e obter uma resposta linda, do tipo ”yo mano tase bem”, continuar caminhando, ver pessoas horríveis, passar, sem sentir um pingo de medo, sem sentir o coração bater mais forte, olhar nos olhos e seguir sem sentir que foi errado, seguir e ver porrada da grosa, ver sangue e mais sangue e sentir gosto no que vi, sem ter pena ou até mesmo sentir receio, andar até a um café entrar sem sentir vergonha que me olhem, sem me sentir mal no meio de tanta gente, sair de lá e andar mais, cuspir no chão e sorrir, ver o meu melhor amigo, abraça-lo e senti-lo todo mocado, mas bem perto de mim, contar-lhe cenas e ouvir cenas dele, caminhar com ele do meu lado até a um caminho escuro, encontrar o meu grupo de amigos lindos, todos eles com religiões e origens diferentes, com gostos e costumes diferentes, todos com alta panca, alta moca, e alta amizade para dar, agarrar-me a todos e continuar, chegar ao fim daquele caminho e ver o meu namorado, chegar ao pé dele, e beija-lo, senti-lo junto do meu corpo, dar-lhe a mão, e continuar caminhando, olhar para o relógio e ver que já se fazia tarde, parar num bar, beber, beber até cair, sair do bar de madrugada andar até ver uma casa toda velha e podre entrar com a malta e descansar onde calhar, passar a noite ao lado daquele rapaz perfeito, com o coração a bater forte, com o corpo a arder, e apagar a luz e fazer dele o que eu quiser, levantar no dia seguinte sem querer saber do resto, sair daquela casa podre e continuar ao lado daquele rapaz e daquele grupo de amigos perfeito, passar por um outro grupo e ser maltratada, olhar para o lado e ver que já alguém lhe tinha feito a folha, continuar e sempre a ouvir musica e a sentir a musica entrar-me por a mente, sentir o corpo a arder e querer mexer-me sem parar, andar quilómetros e quilómetros até a um caminho sem saída, um abismo, estar prestes a cair perante ele e ter varias pessoas que me agarrem e não ó permitem, voltar para trás deixar cada amigo em sua casa, e caminhar sozinha, sentir novamente aquela veia da adrenalina a querer ser utilizada, chegar a casa, entrar bater na porta, entrar e não dar justificação, abrir a porta do quarto, olhar para a parede e ver aquela parede pintada de preta olhar em volta e ver um quarto digno de um vadio.
Sim vai ser este o meu futuro, vou ser uma vadia, uma real dama da rua, …

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