quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
mo ♥
Eu sempre tive medo do mundo. Da sombra, dos barulhos a meio da madrugada, de estar sozinha, de me perder. Mas eu nunca tive tanto medo de algo, como eu tenho de te perder. E não importa quantas sombras tu possas carregar, quantas madrugadas eu vou ter de esperar, ou quantos dias eu terei de ficar sozinha. Não importa. Eu sei que te quero, como eu nunca quis alguma coisa antes. Caso contrário eu não estaria mais aqui, eu não enfrentaria o meu medo enorme das trevas, da dor. A maioria das noites esta dúvida me danifica, porque não sou boa o suficiente para ser a única. Não gosto da ideia de partilha, não quando se trata de algo que me nutre, me pertence de tal maneira, que não sou mais a mesma na sua ausência. Queria que as palavras fossem suficiente, mas nunca são, nada do que eu diga te fara ver que eu realmente te quero, demais. Eu sinto a tua falta. Todas as madrugadas espero por ti e tu não vens, nunca mais vieste. É tão vazio sem ti. Estou de malas feitas, de ideias bagunçadas, mas de coração ciente, de que eu lutaria contra o mundo inteiro, eu largaria tudo, se no final conseguisse tocar o teu rosto, beijar os teus lábios, morder a tua pele cor de chocolate com leite e adormecer no teu abraço quente e acolhedor. Como eu quero sentir o teu cheiro, o teu toque, ouvir a tua voz doce, a pronunciar um ‘eu te amo’ lentamente ou o som da tu risada contagiante. É tão divinal o sonho. É tão triste a realidade. Quero-te desse lado, do meu lado. Te amo V.
Luc ♥
O mundo
parece um lugar ideal, mas não é, as pessoas são tão incertas, tão donas de si,
têm tão preconceito. Eu realmente sempre pensei que não valia nada no mundo,
que as pessoas sempre me usavam, que nunca iriam gostar de mim pelo que sou.
Até que, tu apareceste. Mesmo que te conheça a relativamente pouco tempo, sei
que nunca me deixaras sozinha, que sempre poderei chorar no teu ombro, é tão
bom, é um alivio interno. Sabes…o caminho sempre foi escuro, frio, assustador,
tu sabes disso…mas tu sempre me deste esperança e força de que o mundo iria
melhorar, mesmo que não o saibas já me salvaste do fim. Eu queria tanto poder
retribuir todo a paz que me consegues oferecer, toda a confiança e força, mas
eu as vezes não sei, não sei o que poderei fazer para retribuir a salvação e a
esperança. Só te posso garantir que não vou embora. Eu nunca o farei. E no dia
em que o fizer, terá sido por tua vontade. Nunca pela minha. Espero que não o
faças. Eu realmente não quero ir. Bem Luc tu sabes que eu me importo, mesmo que
nem sempre o diga, eu me importo contigo, eu me preocupo demais as vezes, mas
me preocupo, eu quero sua felicidade acima de tudo, você sabe disso. Mesmo
desse lado da tela, mesmo deste lado do oceano, tu sabes anjo, que eu faria
qualquer coisa para te ver sorrir. Ai ou aqui, eu sempre vou estar do teu lado.
Te adoro Luc, ♥
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Hoje eu
consigo ver no meu reflexo a dor transparecer. Eu não sei onde estou. Não sei
mais em que lugar o sol nasce, ele para mim não nasce mais, estou a viver uma
noite infinita. As linhas que traçavam o meu caminho foram levadas com a força
das chuvas nas noites mais frias. Estou perdida, perdida na partida, na imensidão
de palavras lançadas no ar, perdida na linha do teu rosto, perdida na noite,
perdida na dor. Eu nunca me senti assim antes, nunca estive neste lugar antes.
Aqui é mais fundo, mais escuro, mais vazio…os ventos gelaram o meu coração.
Neste momento sou mais sombras que luz, sou uma infinidade de segredos, de
páginas carregadas de dor, de culpas. Todos notam a diferença no meu olhar
perdido, nas minhas palavras curtas, na boca que não se rasga em um largo
sorriso. Mas ninguém até agora foi capaz
de me confortar em um abraço, de me dizer junto a face, que ia passar. Estou
num caminho sem volta, sem resolução. Estou perdida, perdida na escuridão.
Leandro s2
O tempo corre
demasiado rápido para que eu possa guardar mais um dia as palavras. É estranho
que ao final de tanto tempo, ainda me faças sentir tão bem com a tua companhia,
com as tuas palavras. É bom ouvir-te cantar, ouvir-te falar, é demasiado bom
ouvir a tua voz doce. É tão libertador ter-te por perto, mesmo que longe, longe
demais. Mas a distância não importa, não quando mesmo longe nós conseguem dar
tudo, assim como tu me dás a mim. Tudo fica errado quando subitamente pareces
querer ir, não faz mais sentido caminhar sem te ter aqui. És tão cativante. És
lindo, aliás és muito lindo, desde os teus olhos de um castanho mágico e
brilhante, a tua pele cor de chocolate, ao teu cabelo com caracóis perfeitos e
és lindo onde poucos são, lá dentro bem no coração. E isso me faz querer um
pouco mais todos os dias. Eu sei que nenhuma palavra será suficiente para te
mostrar o quanto és especial para mim, mas quero que saibas que mesmo com todas
as barreiras, eu me importo contigo realmente. Eu te adoro Leandro, ♥
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Querido diário [dois]
Meu mundo, 2 de fevereiro de 2013
Querido
diário…
Quantas
vezes mais eu terei de fingir que não dói, que não sinto. Pensei que deixar de
sentir me faria bem, mas estou tão vazia, tão fria, estou ainda mais triste.
Acho que não tenho mais ninguém comigo, acho que todos se cansaram da minha
cara pálida, dos meus olhos vermelhos, da minha falta de palavras. Acho que
eles só gostam de mim quando sorrio, quando falo coisas sem sentido, quando,
quando o mundo deles cai e ai eu sou uma boa escolha. É tão cansativo.
Queria ficar longe do mundo lá fora,
o mais longe e escondida que desse, e ficar perdida na minha dor, perdida na
imensidão de sentimentos e palavras. Não quero enfrentar o mundo, sinto-me tão
sozinha lá fora, tão diferente. A verdade é que sou diferente, afinal que tipo
de pessoa prefere uma madrugada no quarto a ler um livro, a uma saída louca,?
quem prefere a rotina monótona a diversidade dos momentos? Só eu. Apenas eu.
Mas no meio de tanta dor ainda
existem coisas que me fortalecem, o Vini, o Gabs, a Ge, a Bea, o Gui esses são
realmente aqueles que dão um pouco de luz a imensidão de escuridão que invade a
minha vida. Mas imagina o que têm eles em comum. Todos eles estão do outro lado
do oceano, do outro lado da tela. Dói tanto, mesmo que eu diga que não dói, que
eu estou feliz. É mentira. Eu nunca estive assim antes. Nunca soube que era tão
fraca assim. A distância é enorme, mas o sentimento é ainda maior, por isso eu
continuo aqui.
Os problemas parecem não ter mais
solução. Eles provavelmente não têm. Não quando nem um vidro cravado na pele é
capaz de aliviar, não quando o sono não chega, os dias não mudam e as lágrimas
não param. Eu preciso de bem mais que palavras. Preciso de um abraço apertado,
daqueles que nós sufocam, mas que nós fazem sentir bem, protegidos. Protegidos
do mundo lá fora, do mundo que eu tenho medo de enfrentar sozinha. Estou com
medo.
Eu sempre tenho medo, medo do
escuro, do mundo, das pessoas, das desilusões, dos filmes, da figuras
imaginárias, do espelho, da balança, das partidas, do fim, da tristeza, da
raiva. Medo de tudo o que possa me ferir. Medo do que me mantém longe da
alegria. Medo de mim, sou tão escura, tão cheia de marcas.
Não que me faltem motivos para
falar, mas vou parar, acho que não tenho mais forças para escrever, para
continuar a chorar. Preciso dormir, amanhã um longo dia me espera, uma saída
familiar, onde mais uma vez terei de fingir que tudo está bem. Odeio os
domingos onde não me posso refugiar no canto do meu quarto sozinha. É tão
difícil lidar com as pessoas, elas não me entendem. E segunda mais um dia virá,
terei de enfrentar os olhares da sociedade novamente, mas segunda é o meu dia,
o meu aniversário, quem sabe eu não serei um pouco feliz. Mentira eu não serei,
mas todos pensaram que sim, como sempre.
Obrigada, amanhã nós veremos de novo
querido diário, querido amigo.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Vini,♥
Nenhum sol,
nenhum sorriso, nenhum barulho, é como uma solidão permanente, um vazio sem definição.
Nenhum acaso roubaria um sorriso de mim, pensava eu, até que no meio da
escuridão, surgiu alguém, o alguém com o sorriso mais brilhante, que na mesma
hora me fez querer rir junto, os olhos mais encantadores, queria me perder
naqueles olhos, naquela sensação estranha de querer me entregar sem medos. Mas
o teu brilho não era meu, talvez eu não fosse digna de brilho. Eu pensava, até
que algo que eu tanto queria aconteceu, o teu brilho, a tua felicidade, o teu
riso contagiante e o teu ser encantador, eram finalmente meus, tu eras meu,
apenas. Eu sei que nada na vida se aguenta apenas de palavras, mas as tuas, é
como uma paz que me penetra, como um vento num dia de calor, é como se
superassem, o que não pode ser feito. Eu penso que tenho jeito com as palavras,
mas para falar o que sinto por ti, elas me faltam, mais do que algum dia me
faltaram. A distância mata-me, com o vazio, a ausência, mas com o teu amor, o
teu carinho, fazem-me querer-te mais a cada dia. Sempre, te amo namorado ♥.
Querido diário...
Meu mundo, 1 de Fevereiro 2013
Querido
diário…
Hoje foi um dia daqueles que eu
desejaria não ter vivido, daqueles que tempo nenhum apaga.
Aquela pessoa que ultimamente me
nutria, me dava tanto amor, tanta alegria, havia partido, não para um lugar no céu,
mas para um destino diferente do meu, um novo caminho. Não sei o que mais doeu
se o facto de ele ter ido ou de ter ido sem justificação, sem motivo aparente.
Tenho dito a todos que estou bem,
mas só tu querido diário, sabes a dor que realmente sinto, o vazio que preenche
a minha alma e a frieza que invadiu o meu coração. Como eu queria que fosses
alguém real, que fosses bem mais que folhas repletas de palavras carregadas de
sentimentos, mas não és, és apenas um diário, o diário da rapariga solitária e
que todos trocam.
Não me deveria queixar não é? Afinal
eu ainda te tenho, ainda te tenho a ti para ouvir os meus problemas e
guardá-los. Não és como aquelas pessoas que me chamam de amiga, que fingem
importar-se e depois brincam com os meus problemas nas costas. Por isso eu
sorrio…Ainda tenho a capacidade de sorrir, de fingir que sou feliz e só quando
paira o luar eu deixo as lágrimas seguirem o seu trajeto e deixo a caneta
deslizar sobre ti e toda a força se vai, fico esposta.
E todas os dias a história se
repete. É como a vivência constante da mesma página, de um livro. Por mais que
eu tente escrever uma nova página neste livro que é a vida, todos têm o mesmo
desenrolar, é como se o passado me perseguisse, me prendesse na mesma página,
na mesma rotina.
Sou alguém solitário, tu sabes
diário, acho que só tu sabes e não me vês, mas sabes o que sinto, o que me vai
por dentro, mais ninguém sabe, pois ninguém iria entender. Por isso choro,
magoo-me, passo noites em claro, fingo sorrisos, mas nem importa, diário,
afinal é tudo uma questão de hábito e eu estou mais que acostumada a esta dor,
a este vazio, a está vida monótona e solitária.
Acho que estou melhor agora.
Escrever sempre me faz bem, e melhor do que a terapia anterior, onde os vidros
rasgavam a minha pele e deixavam o sangue fluir. Mas isso acabou, aliás já nem
marcas restam, pelo menos marcas físicas, porque psicologicamente não estou
curada, não estarei, não enquanto a dor estiver presente em mim. Mas para todos
eu estou bem, então para eles fingirei eternamente.
Vemo-nos depois, em breve eu penso.
Obrigada querido amigo.
Daniela Leite.
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