segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Hoje eu consigo ver no meu reflexo a dor transparecer. Eu não sei onde estou. Não sei mais em que lugar o sol nasce, ele para mim não nasce mais, estou a viver uma noite infinita. As linhas que traçavam o meu caminho foram levadas com a força das chuvas nas noites mais frias. Estou perdida, perdida na partida, na imensidão de palavras lançadas no ar, perdida na linha do teu rosto, perdida na noite, perdida na dor. Eu nunca me senti assim antes, nunca estive neste lugar antes. Aqui é mais fundo, mais escuro, mais vazio…os ventos gelaram o meu coração. Neste momento sou mais sombras que luz, sou uma infinidade de segredos, de páginas carregadas de dor, de culpas. Todos notam a diferença no meu olhar perdido, nas minhas palavras curtas, na boca que não se rasga em um largo sorriso.  Mas ninguém até agora foi capaz de me confortar em um abraço, de me dizer junto a face, que ia passar. Estou num caminho sem volta, sem resolução. Estou perdida, perdida na escuridão.

Sem comentários:

Enviar um comentário