quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Distâncias

“Grandes distâncias e palavras que tão pouco dizem. Madrugadas infinitas repletas de carências, medos e insônias. Quantos dias mais terei de contar até te ver, poder abraçar-te e sentir que finalmente estou completa. Maldita distância que me impede de te cuidar, de te mostrar que o meu amor é infinito. Maldito medo que não me deixa dar-te mais, mais carinho, mais amor, mais de mim. Tão triste mereceres o mundo e eu só te dar palavras. Deveria deixar-te ir? essa pergunta atormenta o meu coração. Eu não sou a melhor, mas em mim carrego todo o amor do mundo e ele é todo teu. te amo sem ou com distância.”

Dores que danificam

“Lágrimas deslizam agora pelo seu rosto, lábios serenos que agora não sorriem, a risada se foi, assim como o poder da palavra que um dia tivera. Noites mal dormidas deixaram a sua cara danificada, tão perdida na dor , que agora a consome, poucos olhos a vêm, tão poucos a conhecem. Que triste pensar que o máximo não chega para ninguém, triste se sentir só, no meio de uma sociedade tirana. Esse é o reflexo que tenho de mim, depois de mais uma palavra critica. Palavras ferem, palavras não se vão, vem, doem e ficam.”

Um abraço, um porto seguro

“Dois corpos caminham agora pelas ruas geladas, a chuva ainda cai, o vento sopra demasiado forte. Tanto que ele se encontra agora exposto ao frio, enquanto ela permanece quento embaixo do seu abraço. Com os lábios tremulos ela sussura no seu ouvido: “eu nunca me senti tão segura antes”, seguindo com um beijo na bochecha do grandão que a protegia. E a verdade é que ele também se sentia seguro, com aquela pequena nós braços.”

terça-feira, 20 de agosto de 2013

cinco.

Cinco, cinco milhões de lágrimas derramadas, cinco noites mal dormidas, em cinco biliões de pedaços se encontra o meu coração, cinco facadas, cinco tapas na cara, cinco cortes, cinco caminhos destruídos, cinco sonhos apagados, cinco lições, cinco mentiras descobertas, cinco comidas jogadas fora, cinco mil lembranças relembradas, cinco ilusões caíram na real, nem cinco ficaram, cinco mil me negaram, cinco milhares de palavras não ditas, cinco letras se tornaram sem sentido, cinco vez li tuas palavras, cinco sorrisos apagados, cinco viagens não realizadas, cinco presentes não enviados, cinco rosas que perderam a cor, cinco beijos não dados, cinco mil quilómetros de distância multiplicados, cinco mil fotos, cinco mil momentos, cinco abandonos, cinco de mim, cinco perdidas, cinco erros, cinco…cinco dias sem ti.
Está noite eu senti o coração pedir um pausa, todo o ar sumiu como se os problemas, as dores, as lembranças me sufocassem. E para piorar fui invadida por um ataque de choro e eu só pergunta, porque, o porque de tudo isto. Eu perdi a conta de quantas vezes eu desejei aquele momento final e naquele momento eu não queria, eu não queria ir. Mas depois apercebi-me de que não fazia falta, num mundo tão reles e absurdo, tão falso e doloroso e supliquei a partida. Mas a única coisa que partiu nessa noite, foi a minha alma ferida, a minha doçura já gasta e a minha esperança já tão iludida. E só restei eu, vazia e fria.

Mensagem de apoio.

Do que valem palavras quando o coração se encontra ferido? De que vale viver sem a esperança de dias melhores? Ei princesa tudo vai passar. O vento futuramente vai soprar e trazer um novo amor, as coisas sempre passam, independentemente da sua intensidade. Hoje a dor está aqui, talvez amanhã já não esteja. Não deixes que um ser sem coração, um garoto mal amado quebre o teu coração em pedaços. Não quebres as promessas que fizeste um dia a ti mesma, promessas de não deixar ninguém te pisar, de não deixar que te levem a loucura. Não te magoes, a vida só leva quem não faz falta. E acredita minha querida, tu não precisas dele, nem dele nem de garoto nenhum. Amores não nutrem vidas, amores não valem lágrimas, não amores assim, onde só um ama. Então levanta desse chão, levanta a cabeça, limpa a lágrimas e caminha em frente, leva contigo apenas aquilo que te deixa feliz, observa quem está do teu lado agora, pois esses são os verdadeiros. E parte, em busca de uma nova luz, uma nova esperança, porque o amor, quando correspondido é a coisa mais bela do mundo. Então ama-te, ama o mundo, ama o próximo, sem medos, pois um dia o certo chega. E ei princesa, eu estou aqui, eu te amo.

partiu

Hoje o celular não tocou uma única vez, o dia foi repleto por um silêncio cortante e entristecedor. Eu sei que ele não tocará mais, ou melhor, você não fará ele tocar, e isso provoca em mim um sentimento de frieza. Em pleno sábado a noite, eu não poderei ouvir a tua voz alterada pelo álcool, falando verdades escondidas, com as risadas mais gostosas e profundas. Eu não vou ser acordada a meio da noite com a tua voz doce falando um monte de besteiras, besteiras boas. Eu não vou ouvir sua voz solitária. E pela manhã eu não terei mais aquela mensagem de bom dia que fazia o meu coração palpitar. Eu não poderei compartilhar o céu estrelado, nem o ar fresco da noite. Não poderei pedir que fiques só mais um pouco, para eu ter o prazer de ouvir a tua voz mais tempo, pois eu seria capaz de ouvi-la pela eternidade. Não terei mais o prazer de te ter em mim. E isso dói. Um dia passou, e a saudade já aperta. Mas carrego em mim a certeza, de que as minhas melhores lembranças, sempre serão tuas.

domingo, 28 de abril de 2013

Medo.


A verdade é que o passado para mim nunca está suficientemente enterrado. Nada na minha vida se vai totalmente. E isso deixa marcas incapazes de serem curadas, medos que não se podem superar e caminhos que fico impedida de percorrer. Tudo por medo, maldito medo. Medo de sofrer. Medo de não ser o suficiente. Medo da partida. O medo me consome. Me fere. Me impede de viver. Afinal nada nunca vai estar bem, nem que a minha vida seja inundada por uma paz profunda. Mesmo que eu viva sorrindo e que os dias sejam banhados por um sol quente e luminoso. Nunca nada estará bem.

domingo, 14 de abril de 2013

mo


 A verdade é que as coisas certas nunca acontecem no tempo certo nem no lugar certo. Talvez as coisas não sejam feitas para dar certo. Talvez a distância seja uma forma de mostrar que não fomos feitos para ficar juntos. Ou talvez sim. Eu tento acreditar que desta vez chegou o meu momento de brilhar, mas afinal quantas vezes eu pensei isso e no final eu morri de dor? Mas por mais que as dores do passado me atormentem eu sei que tenho de supera-las, apaga-las, vence-las, afinal porque te culparia pelos erros dos outros? Talvez eu vá perder as forças infinitas vezes, eu vou ficar triste e com vontade de desistir, mas vão ser as tuas palavras doces, a beleza deste amor que carrego no peito que me fará aguentar mais um dia, mais um mês, mais uma eternidade. Porque te amo. Quem sabe se no futuro não vamos nós arrepender da nossa escolha, ou talvez não, só sei que guardo comigo a certeza de que vou sempre recordar todos os momentos que já vivi contigo e todos aquele que vou viver. Porque afinal no amor não podemos viver seguros, as coisas são incertas, loucas e na maioria dolorosas, mas existe sempre um pedaço que é gostoso, que é alegria. Amor é isso mesmo, atirar-se de cabeça sem saber se a outra pessoa vai nos agarrar e cuidar de nos. Cuida de mim? 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Agora.

Hoje o dia havia sido dolorosamente longo, mas a noite parecia-me pior. Até que li o que não queria ler e que hoje era incapaz de aguentar e desfiz-me em lágrimas. Até agora não consegui contê-las, a noite já passou a madrugada acabará de começar. Amanhã tenho aulas cedo, mais uma coisa que não me anima, o facto de ter que fingir que tudo está bem, quando na verdade a única coisa que resta em mim é um enorme buraco no peito. Na tentativa de o sono chegar e as lágrimas cessarem, carreguei num botão e o quarto inundou-se de som e gargalhadas, estava a dar uma série divertida na televisão, pensei que nada me levaria aquela dor mas por momentos ri quando um homem se aventura num pequeno caminho e acaba por cair de cara no chão. Após alguns minutos a rir, parei e cai novamente na triste realidade, de que me riu? Dá dor do pobre homem que assim como eu se ariscou num caminho pequeno demais e caiu de cara no chão, porque me estou a rir de mim mesma? E as lágrimas voltaram a invadir-me, agora mais intensas. Será que tal como eu me ri dele, outros se riem de mim? Claro que sim. E ao aperceber-me disso vi-me enrolada nós meus próprios braços, devido a falta de alguém para fazê-lo, alguém capaz de fazê-lo e a medida que essas tristes realidades me chegavam a dor era cada vez maior. E no final de tudo eu só pude perceber que a dor nunca tinha ido embora, eu apenas tentei esconde-la, mas bastou uma noite mais fria e uma frase incapaz de ler e eu cai novamente no abismo que a tanto tempo tento subir, e que a dor tende em me puxar de novo para lá, ou pior que isso, onde todos acabam por me largar ou me empurrar para tombar. E sabe o que dói mais? Não ter um lugar para onde correr e cuidar essa dor que está a matar-me, ou que provavelmente já me matou.