quarta-feira, 11 de julho de 2012

a minha vida, sem capas


Tudo na vida tem os seus pontos positivos e negativos e penso que nascer é um ponto positivo pois a vida ensina-nos lições, faz-nos conhecer pessoas maravilhosas e outras nem tanto, e penso que esse é o ponto positivo da vida até que me apercebi dela. O primeiro ponto negativo da minha vida foi sem dúvida a separação dos meus pais que embora tenha sido nos meus 4 anos, mexeu comigo e me deitou abaixo, principalmente quando era o dia no pai e em outras ocasiões especais. Ainda continua a mexer principalmente porque ele não quer fazer parte da minha vida, mas agora considero-o menor pois quem perde é ele. Não me recordo muito dos meus primeiros dez anos de vida. Sei apenas que aprendi que a vida não é fácil, que as palavras podem magoar mais que gestos, e que as pessoas mesmo sem saber julgam, julgam pelo teu exterior. Penso que a forma como as pessoas me vêm, a forma como elas estão sempre prontas a apontar o dedo mudou o meu comportamento, tornei-me agressiva o que tem vindo a aclamar mas que continua presente, comecei a isolar-me, a não deixar as pessoas ficarem demasiado “perto”, parei um pouco de viver se é que se pode dizer, penso que esses foram os principais pontos negativos devia ao eu não gostar de mim. Os pontos positivos, eu penso que me tornei uma boa pessoa em ocasiões, e que estou sempre pronta a ajudar, ouvir, falar, penso eu. A certa altura da minha vida eu entendi que a sociedade consegue mudar-nos sem nós apercebermos porque ela nos magoa e nós julgam, então sem me aperceber tinha largado a realidade para me ligar as amizades virtuais, se podemos chamar assim, fui começando a conhecer novas pessoas, a maioria que se encontrava a quilómetros de distancia de mim, mas que me faziam felizes e era isso que eu naquele momento queria, felicidade, carinho, alguém sempre pronto a ouvir e ajudar, assim foi em 2010 tinha eu 13/14 anos e conheci as pessoas que mudaram a minha vida, a maneira como eu a via. Ao longo dos anos não fui só eu a errar, alguém próximo de mim errou, a minha mãe, quando teve uma relação com um toxicodependente, e eu penso que isso me mudou bastante, pelo simples facto de já ter idade suficiente para perceber o seu passado e os problemas que isso traria. Apesar de o mundo ter apontado o dedo a minha mãe sempre tive a cabeça ciente de que nunca a abandonaria, enquanto a maioria o fez eu continuei com ela. Bem quando as coisas na relação deles começaram a mudar, a minha vida também não estava numa fase boa, tinha acabado de perder dois dos meus grandes pilares, mexeu de tal forma comigo que eu não sabia mais o que fazer, até que comecei a cortar-me. Agora sei que foi a atitude mais incorreta, mas naquela altura, aquilo parecia tão certo, parecia consolar, aliviar a dor, apagar as lágrimas, não sei bem explicar, mas neste momento eu já não o faço felizmente entendi que era errado. Bem esta ultima relação da minha mãe mudou muito aquilo que eu era, sempre fui de não ter medo, de não mostrar os meus sentimentos, sempre fui de proteger e não de ser protegida, mas neste momento mostro-me fraca e medrosa, talvez aquilo me tenha feito entender que as pessoas não são todas boas, e que uma pode mudar-nos o pensamento de anos. Pode parecer paranoico, mas todos os dias sinto o medo antes de me deitar, todos os dias confirmo porta a porta, janela a janela, para verificar se tudo está fechado, se ele não vai entrar e magoar alguém, ou fazer de mim bocados. Bem como este ano mudei de escola fui obrigada a integrar-me e sinceramente com as raparigas foi bastante fácil, mas com os rapazes foi difícil e demorou bastante tempo, não por falta de simpatia de ambas as partes, foi simplesmente o medo de ser julgada, levada para trás, o medo de não gostarem de mim assim. Este foi sem dúvida o ano mais difícil da minha vida, cansativo e cheio de medos e sem dizer claro que tive duas pessoas que me tiravam um pedaço de vida em cada dia, ora porque me julgavam, ora porque se chateavam por coisas sem cabimento nenhum, mas nem falar delas quero, porque me consome a alma saber que dizem amar-me mas têm sempre o dedo ponto a apontar os defeitos, como todos os outros. Não vou dizer que a minha vida é super má e difícil, mas estaria a mentir se disse-se que ela é boa, pois penso que todos os dias me surge na cabeça que eu sou má demais para ter alguém que me ame, ou que sou fraca para proteger quem amo, vem sempre o pensamento na minha cabeça que eu nunca vou pertencer a nenhum lugar. Penso que é isto mesmo que se passou de mais marcante na minha vida e que a maioria não sabe, mas mesmo assim me julga sem saber. 

2 comentários:

  1. por um lado é bom saber que há pessoas a sentir o mesmo que eu, por outro, é mau pq significa ue sofreram ou estão a sofre. Muito obrigada, a sério.
    Se precisares de algo , também estou aqui :))
    Como o blog é um bocado chato nestas coisas, achas que me podes adicionar no fb ou assim ? :/
    Beijinho enorme :)

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  2. « eu acabei por me acostumar a dor e acredita que é mesmo bom alguém sentir o mesmo, pois é mais fácil ultrapassar, (:
    « não agradeças, tudo o que eu poder fazer para te ajudar, acredita que eu vou mesmo tentar ajudar, :3
    « obrigadaaaaaaaaa
    « eu já te adicionei, meu nome é Daniela Magalhães, *-*
    « beijinhos princesa, :)

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