terça-feira, 11 de dezembro de 2012

é.


Realmente a vontade que eu tenho de crescer na vida é grande, de alcançar os meus sonhos, atingir as minhas metas. Mas está vontade que tenho dentro do peito, está vontade de te querer por perto, de querer ser a tua escolha, sei lá de querer caminhar pelo parque de mãos dadas, de acordar ao teu lado, de ser o teu ombro nos dias mais tristes e a soma de sorrisos nos dias mais alegres, a vontade de querer largar o mundo só por ti, para finalmente realizar os planos que em altura foram mútuos e agora parecem ser só meus. A verdade é que já não te tenho e por mais que tente nunca mais terei e não sei o que mais dói, se o facto de te ter perdido daquela forma, se o de nunca mais te voltar a ter. E nem sei se dói, porque de tantas coisas malfeitas, de tantas palavras mal ditas, de tantas esperanças falhadas, de eternidades curtas. A vontade de ficar chegava a ser grande mas as vezes a dor superava, tal como o enorme oceano azul que nós separa, aquele que afundava as minhas esperanças, os meus planos, os meus sonhos, aquele que levava um pouco de paciência a cada dia, um pouco de amor a cada noite fria, vazia e carente. Eu queria gestos, queria uma saída romântica, queria um beijo a saída da escola, queria um abraço no meio das brigas, mas não podias dar-me mais do que palavras, por isso elas teriam de valer por tudo, na verdade valiam, mas será que a certa altura não deixaram de ser reais? Na verdade dói, ter ficado sem ti no momento em que eu mais precisei, no momento em que eu pensei que tudo daria certo, no momento em que eu me entreguei por completo. Por isso hoje não sei se chore, se lute, se desista, não sei. A única coisa que sei neste momento é que oceano nenhum apagara este amor.

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