A verdade é
que o passado para mim nunca está suficientemente enterrado. Nada na minha vida
se vai totalmente. E isso deixa marcas incapazes de serem curadas, medos que
não se podem superar e caminhos que fico impedida de percorrer. Tudo por medo,
maldito medo. Medo de sofrer. Medo de não ser o suficiente. Medo da partida. O
medo me consome. Me fere. Me impede de viver. Afinal nada nunca vai estar bem,
nem que a minha vida seja inundada por uma paz profunda. Mesmo que eu viva
sorrindo e que os dias sejam banhados por um sol quente e luminoso. Nunca nada
estará bem.
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